“Seja qual for a nossa atividade,
há sempre uma satisfação profunda em saber que estamos contribuindo para a
estruturação de um mundo novo. Isso é coragem criativa, pormenores e acidentais
que sejam as nossas realizações.”
“A coragem é necessária para que o homem possa ser e vir a ser. Para que o eu seja é preciso afirmá-lo e comprometer-se. Essa é a diferença entre os seres humanos e o resto da natureza. A bolota transforma-se em carvalho por crescimento automático; nenhum compromisso consciente é necessário. O filhote transforma-se em gato pelo instinto. Nessas criaturas, natureza e ser são idênticos. Mas um homem ou uma mulher tornam-se humanos por vontade própria e por seu compromisso com essa escolha”.
“A criatividade está no trabalho do cientista, como no do artista; do pensador e do esteta; sem esquecer os capitães da tecnologia moderna,e o relacionamento normal entre mãe e filho” (Rollo May, 1975:34).
“Talento, faça uso dele ou não; pode ser a medida da pessoa.
Mas a criatividade só existe no ato” (Rollo May 1975:42)
“Parto do princípio de que a análise da natureza da
criatividade aplica-se a todos, os homens e mulheres, no momento de criar”
(Rollo May, 1975:39). “Estabelece-se uma disputa ativa no íntimo da pessoa,
entre o pensamento consciente e a antevisão ou perspectiva que luta para
nascer. [...] O sentimento de culpa presente ao ato origina-se da necessidade
que tem a percepção interior de destruir algo”. (May, 1985:59).
“A arte também exige um limite, fator
necessário para o seu nascimento. A criatividade resulta da tensão entre a
espontaneidade e as limitações. Estas últimas [...] obrigam a espontaneidade a
criar as várias formas essenciais à obra de arte ou ao poema”. (May, 1985: 118)
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